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MENSAGEM AOS VISITANTES DO BLOG

Saúdo todos os que acedem a este meu Blog, venham ou não, de futuro, a tornarem-se visitantes habituais do mesmo.

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domingo, 26 de junho de 2016





O Louco  Assalto
 das   Nozes  Acrobatas
à  prateleira  das  bugigangas
do Aderecista

Visionário




















Registo 1







Registo 2






























Registo 3













Registo 4






Registo 1, 2, 3, 4:
Instalação e pintura (técnica mista)
Autoria: M. Gama Duarte / 2016


Materiais:
Madeira, papel fabriano, tinta acrílica, pastel seco e de óleo, giz, carvão, frutos secos (as nozes) e outros objectos.  

Título:
O Louco Assalto das Nozes Acrobatas à prateleira das bugigangas do Aderecista Visionário




quarta-feira, 22 de junho de 2016




Mitificação…
ou:
como que…
        uma Ode
                            aos  Pés






M. Gama Duarte / 2016
(Instalação: composição cénica)
Tema: Como que
uma Ode aos Pés
Registo 1







Penso algumas vezes:
“Se os meus pés um dia vierem a falar, poderei certamente neles depositar toda a confiança e esperar que cumpram o preciosíssimo papel de auxiliares da minha memória… E, se no futuro tal vier a acontecer, eles vão ajudar-me a recordar momentos, coisas… e sítios por onde virei a passar…  E também ajudar-me-ão a recordar factos de tempos bem mais antigos e dos quais, num tempo presente, em verdade só meros fragmentos recordo, ou nem um só registo me ficou dos mesmos como recordação”.


Mas porém, talvez o justo e o que faz sentido, seja nada esperar dos meus pés. Ou seja: nada esperar deles que me vá-lhe neste plano de expectativas…  Pois tenho que reconhecer que a juventude dos meus pés já há algum tempo se perdeu…

Muitos tempos!… Tempos e mais tempos (anos e anos) já pelos meus pés passaram… e eles (os meus pés) por sua vez já por muitos tempos passaram… – por tempos e mais tempos eles já passaram, e sempre acompanhando todo o resto de mim.



Olhei ainda agora para eles (para os meus pés)... E vi-os nus (estão nus…).
E assim mesmo – nus – ao longo da vida foram marcando muitas das páginas da sua história… – história que, de certa maneira, é a mesma de toda a matéria restante que, em sentido ascendente (na vertical) se estende a partir deles… Poder-se-á dizer, em síntese, que no todo se trata de uma história de vida com pés e cabeça… – uma história prenhe de humanidade… e também um exemplo de fidelidade: um todo unido.



M. Gama Duarte / 2016
(Instalação: composição cénica)
Tema: Como que
uma Ode aos Pés
Registo 2 
Daqui – do alto (do mais a Norte de mim) – demorei-me neste olhar a Sul (olhando os meus pés).












M. Gama Duarte / 2016
(Instalação: composição cénica)
Tema: Como que
uma Ode aos Pés
Registo 3

















Para que conste: o galo da torre (algures) deu conta de que a lua já vai alta

... E esta é a terceira madrugada deste Maio… – deste Maio de mais um ano bissexto do nosso calendário gregoriano (ano de 2016). E dada esta informação (a mim próprio me informo de tais elementos), e dado que esta crónica já vai a mais de meio, é naturalmente dispensável, no fim, o cuidado ou a trabalheira de a situar no tempo…




M. Gama Duarte / 2016

Título:
 “Quando a vizinhança
 é curiosa, serena

 e simpática” 























Talvez venha a terminar este serão (ou esta noitada) fixando o meu olhar nos meus pés.


Após as imaginárias doze badaladas de há umas duas horas (parece que ainda ecoam nos meus ouvidos), passei quase todo o tempo com a atenção focada no meu portátil… (teclando… teclando… e teclando).
Mas agora (e aqui está a diferença) sobre os meus joelhos, também nus como os meus pés, tenho apenas um pequeno bloco de apontamentos aberto. E os meus dedos apertam uma vulgar caneta que vai obedecendo às ordens do meu pensamento.


Ainda hoje associo a meia-noite às doze badaladas do relógio de pêndulo que existia em casa dos meus pais.
Ainda me recordo bem de que a casa não era grande… – característica que não era caso isolado naquela zona de Lisboa – um bairro tipicamente popular…







M. Gama Duarte / 2016
Título da foto (à direita):

“Bati e ninguém veio à janela… Mas deixei ficar o recado
Com as flores”.
















M. Gama Duarte / 2016

Título:
“As doze badaladas
e três minutos”
  




… E quando eu já deitado, deixando-me embalar nas teias do primeiro sono, por vezes acordava assim que soava a primeira badalada… Outras vezes só à segunda ou à terceira badalada eu despertava… E o som parecia que trespassava toda a grossura das paredes – construções antigas em que as paredes mestras eram em pedra e argamassa e as das divisões interiores em tabique.








M. Gama Duarte / 2016

Título:
“As doze badaladas
E três minutos” 



























M. Gama Duarte / 2016
(Instalação: composição cénica)
Tema: Como que
uma Ode aos Pés
Registo  4






















Volto a olhar para os meus pés… Ei-los!

Vagamente me recordo de terem ficado tapados ao eu puxar para de cima da parte inferior do meu corpo uma das metades do edredom… Mas adivinho que há minutos, aproveitando a minha sonolência, num repente os meus pés sacudiram de cima de si o pedaço de edredom que quase lhes cortava a respiração. E agora, libertos da “letal” asfixia, ei-los sem pretensões e sem vaidades a exibirem a sua nudez a seis palmos a Sul do meu queixo... E deram conta de que eu os espreitava daqui de cima (a seis palmos a Norte, segundo a sua perspectiva ou o seu ângulo de visão). E são estas as contas (ou as proporções padrão), a saber: a altura total do corpo humano equivale, linearmente, a cerca de sete vezes a dimensão da cabeça…
… E ao fundo, a seis palmos abaixo do meu queixo (a Sul), as irrequietas pontinhas (as extremidades dos meus pés) a acenaram-me e a pestanejarem um sorriso.





M. Gama Duarte /2016
(“ O galo da Torre (algures) deu conta de que a Lua já vai alta…”)
  



Havia atribuído à minha mão esquerda a responsabilidade de assegurar que o meu bloco de apontamento não me resvalaria do joelho nu em que assentava. Mas entretanto o polegar, o indicador e o médio da minha mão esquerda libertaram-se para uma atenção, mais que merecida, para com os meus pés…
Correspondi à simpatia dos meus pés não lhes faltando com um semelhante e merecido sorriso… Ou tudo isto não passou de uma súbita alucinação… Ou não passou de um gracejo da minha fértil imaginação (tenho para mim que há em cada ser humano o pulsar de uma pequenina artéria dada a ousadas e surrealistas deambulações… mesmo que tímidas sejam essas deambulações)… ou tudo isto não passou de um sonho.





Se a prosa que neste momento escrevo vier a dar uma crónica publicável (se eu o entender: ser publicável), lá terei que pegar na máquina das fotos e a seguir arranjar um argumento que convença os meus pés a perderem a vergonha da sua falta de fotogenia e a aquietarem-se numa pose digna frente à objectiva… – isto com o propósito de obter umas imagens capazes de ilustrarem esta simples crónica.
Mas não sei se terei êxito…



M. Gama Duarte / 2016
(Instalação)
 Motivo:
A máquina das fotos

M. Gama Duarte / 2016
(Instalação)
Motivo:
A máquina das fotos














M. Gama Duarte / 2016
(Instalação)
Motivo:
A máquina das fotos































… E agora me recordo que há anos que assim é… Ou seja: este adiantado da hora; este mesmo travesseiro a amparar-me o lado do corpo que menos vejo reflectido nos espelhos… Travesseiro este de que falo que melhor conhece, e sabe, os meus sonhos que eu próprio…
Muita coisa sendo a mesma coisa e o mesmo de sempre. Mas quanto ao bloco de notas, não o mesmo bloco… E quanto à esferográfica, também não a mesma.


... E verificado que tudo esteja (as coisas que se repetem e as que de todo não se repetem),  a minha cabeça penderá… Mas não fecharei os olhos antes de um último olhar sobre os meus pés que continuam nus… e que talvez já tenham pegado no sono primeiro que eu.          
Se eles sonharem não sei se sonharão comigo ou se no sonho pensarão em mim…

M. Gama Duarte /2016

Título:
“Luar  prematuro”

Todavia dou-lhes as Boas Noites.
(Não sei se me ouvirão... Mas ainda se vai ouvindo dizer que o que vale é a intenção).














M. Gama Duarte



     

quarta-feira, 15 de junho de 2016



. . . e Também
       Acontecem estes momentos!… 

M. Gama Duarte /2016
(Instalação / composição)
Título:
“Cortesias” (1)



M. Gama Duarte /2016
(Instalação / composição)
Título:
“Cortesias” (2)


M. Gama Duarte /2016
(Instalação / composição)
Título:
“Cortesias” (3)
















Obs:
Imagens recolhidas, em lugar singular, pelo fotógrafo Humberto – lugar onde, certo dia, calhou este nosso fotógrafo ver duas simpáticas e amigas cerejas portuguesas cumprimentando-se após tão feliz encontro.



M. Gama Duarte/2016