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sábado, 12 de março de 2016




Raminho
de Oliveira


(dois apontamentos)







1.º Apontamento:


. . .

No passado dia 25 de Outubro Maria do Rosário completou 95 anos (Maria do Rosário Duarte… – mulher que um dia me deu à luz).

Maria do Rosário… mas que é para quase todos: a tia Amália, a avó Amália… Ou a D.ª Amália, pela boca dos que não lhe são família… Ou ainda Maria do Rosário Duarte quando é o caso de falar, com toda a legitimidade que lhe assiste, a respectiva folha do Registo, em assento próprio, na Conservatória do Registo Civil.

Amália é nome de brincadeira antiga que em gaiata lhe puseram e se lhe pegou à pessoa para toda a vida…



M. Gama Duarte / 2016
(Instalação / cenário)

Título:
Ilustração para
Raminho de Oliveira
(… Um esplêndido dia de Sol
A prometer-se)
        























95 anos – idade que pesa no olhar de quem por ela tem estima… e lhe reconhece as virtudes, a energia que a anima, a lucidez… e lhe aprecia o sorriso e a bonomia.
Uma idade (os seus 95 anos) que pesa também nas fotografias mais recentes onde ela se abraça aos familiares mais próximos e aos amigos… – fotos onde ela se abraça aos momentos felizes (à vida).
. . .




M. Gama Duarte
(Extracto da introdução à crónica intitulada “Mães Grandes”, escrita a 12 de Dezembro de 2011).





M. Gama Duarte / 2016
(Instalação / cenário)

Título:
Ilustração para
Raminho de Oliveira
( O subtil Verde Místico - 1) 





2.º Apontamento:




Foto: M. Gama Duarte / 2016

Motivo:
Basílica da Estrela em Lisboa 
(Real Basílica  e Convento do Santíssimo Coração de Jesus) 














. . . 

A cúpula branca da Basílica sobressai sempre ao longe em dias assim, com a Estrela e a Lapa a seus pés.

Procurei-a (a cúpula branca da Basílica) e lá estava ela, ao longe… branca e batida pelo mesmo sol que em baixo se reflectia nas águas calmas do Tejo e trespassava o vidro a que encostava o meu rosto.

Absorto fixei o olhar, durante algum tempo, na sua alva cúpula (talvez naquela manhã ela me parecesse mais branca e mais solene do que alguma vez me parecera)… E a poder eu fazê-lo (fixar o meu olhar na alva cúpula da majestosa Basílica) porque eram outros os olhos, e não os meus, que atentos se fixavam no caminho… e também outras as mãos, e não as minhas, que firmes assumiam a responsabilidade do volante… num compromisso com esses olhos que eram outros e não os meus olhos...





M. Gama Duarte / 2016
(Instalação / cenário)

Título:
Ilustração para
Raminho de Oliveira
(O subtil Verde Místico - 2)
        






























M. Gama Duarte

(Extracto da crónica intitulada “Raminho de Oliveira”, escrita entre 5 de Fevereiro e 25 de Abril de 2012).

         

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