“O sangue
das cores”
Toma em teus dedos
o fio de
prata
que desenha
o perfil das tuas asas,
e poderás assim escrever:
”Sim!…
falarei do sangue das cores,
e das musicais
nervuras do silêncio…”
…
Hoje vi-te…
… –
acordavas de bruços
sobre o parapeito do tempo…
(O Sol gelava-te a boca…
e nos campos havia um ninho de palavras
alojado no coração das árvores…)
… E eu esperava que gritasses:
“Sim!... tenho cede de seiva e de néctar!…”
(Bem eu sabia que chegara o tempo das abelhas…
e que por isso poderias
também gritar , caso quisesses:
“ Sim!…
falarei do sangue das cores!…
… e é tempo de sentir o vibrar
das musicais nervuras
do silêncio”).
M. Gama Duarte
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