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quarta-feira, 22 de abril de 2015



Lisboa


(Composição executada à base de colagens)
M. Gama Duarte / 2015 

Num tempo
 de outros

 tempos



Lisboa

(composição executada
 à base de colagens)
M. Gama Duarte / 2015
















































João Duarte

...
– Mãe…

... Onde, e quando, foi a cerimónia do teu casamento com o pai?
A mãe recordando o calor, as cores, o brilho e a pureza de um desejo (que fora ao mesmo tempo um sonho), respondeu ao filho:
– (Quando?..) depois da mãe conhecer o pai, meu filho… Mas primeiro namorámos… é assim o princípio com todos os casais…

Lá como o pai e a mãe se tinham conhecido (verdade, verdade), já Rosário (a mãe) havia contado ao seu filhote… (aquela história…): O pai (João) que, ao passar numa popular rua de um bairro antigo de Lisboa, vê pela primeira vez a mãe (Rosário) à janela de um rés-do-chão baixo… E depois o terem namorado ao longo de um Verão de um Outono e de um Inverno, sentados num certo banco de um pequeno jardim não longe da casa onde Rosário morava, e também não longe da igreja onde o respectivo rebento, oito meses após o nascimento, viria a receber o sacramento que lhe apagara da alma o mais antigo dos pecados da Humanidade…
… E é de não esquecer que fazia parte da história verdadeira e contada, aquele dia em que João se lembrara de levar a Rosário (sua futura esposa) um pequeno e original miminho… – um miminho dos que rareiam entre as tantas e diversas ideias que compõem a convencional lista comumente consultada pelos Romeus a fim de cativarem as suas Julietas.
E, por assim ter acontecido  – isto é, ter sido original a escolha de João –, das opções deste estavam excluídos os narcisos, as tulipas, as violetas… os anéis de safiras, as fantasias de chocolate…  etc. ou seja: essas coisas assim.
Como tal, naquele especial dia e à hora do lusco-fusco mais romântico que um Outono pode oferecer aos caídos de paixão, João enquanto um Romeu muito à sua maneira, surpreendeu a sua Julieta (Rosário) com um pequeno embrulho cujo conteúdo ao revelar-se (pela apresentação aroma e sabor), justificava a fama da velha cervejaria de Campo de Ourique (“O Canas”) que confeccionava uma das melhores bifanas de Lisboa.
E a mãe continuou, respondendo ao filho:
– E tempos depois casámos na igreja onde vieste a ser baptizado, meu filho.
Foi um casamento simples. Levamos poucos convidados… Foi uma cerimónia mesmo muito simples…
... Tu não sabes uma coisa, filho… É que as noivas quando já não são jovens deixam de possuir aquela graça. E por isso a mãe em vez de um vestido branco de noiva, levou um bonito fato azul e lilás para se casar com o pai… de modo que a mãe quando se casou com o pai foi vestida de Azul-Lilás.
...



M. Gama Duarte

(Extracto da crónica “Azul-Lilás” escrita em Setembro de 2010)








A prima Paula
caminhando por ruas de Lisboa
(uma das primas de Maria do Rosário Duarte)  




João Duarte
na companhia de amigos
num jardim de Lisboa

Maria do Rosário Duarte
na companhia de uma amiga
num jardim de Lisboa




















À esquerda João Duarte (serralheiro civil) nos anos 50,
na Lapa em Lisboa,
na companhia de um colega
de profissão 





Na opinião da clientela dos vários bairros de Lisboa que requisitava os seus serviços, o sr. João era um dos melhores no seu ofício. Chegaram até a chamar-lhe o homem dos sete ofícios. Pois, através do seu trabalho, ele prestava provas das suas competências em áreas além das que se relacionavam com a sua especialidade. Executava com qualidade trabalhos de sapateiro, de alfaiate, de marcenaria, de canalizador, de vidraceiro, e de mecânica de máquinas de costura. E era-lhe reconhecido um certo talento como inventor.






       

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