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quinta-feira, 30 de julho de 2015



A Rosa (a fadista)
espreitando através da janela
da casa do poeta







M. Gama Duarte / 2015
(Instalação)

Título:
A Rosa (a fadista) espreitando
através da janela da casa do poeta

                                                          O poeta
em casa da poetisa






… Sim, amiga…
Hoje sim: 
ficarei em tua casa…

Diz-me apenas
onde fica  
o teu guarda-fatos:
quero sossegar
de mansinho,
e adormecer,
de rosto
sobre o forro
do teu casaco…

Mas…
se mesmo assim
eu sentir frio…
há sempre um livro (!) algures…  
(um dos teus livros, por exemplo…
Porque não?...)

Mas é importante
que o aqueças muito bem
ao teu peito…
… Cobrir-me-ei  depois com ele:
cobrirei os meus pés,
o meu peito;
os meus ombros;
o meu pescoço…

Fecharei depois os olhos…
(ficarei em silêncio…)

Mas em noites assim…
é leve o meu sono…
– leve como uma concha…
e o meu acordar é
suave…
e salgado… –
mais suave e salgado
que as areias das praias…
e que os cascos
dos navios.






M.  Gama Duarte
14-07-2007













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